É proibido proibir

por Beatriz Lee Bernardi – 1º B

Piadas, bom humor, limite e bom senso podem juntar-se, porém, a intolerância se difere muito de tudo isso.


Podemos perceber a intolerância em todo lugar, sem exceção. Nascemos puros, mas somos infectados por uma sociedade hipócrita e ao mesmo tempo egoísta que vive a julgar. É comum ser influenciado pelos outros e/ou pela opinião da maioria, mesmo que seja uma opinião errada de se ter. E isso deve acabar, de um jeito ou de outro.

A intolerância é como um vírus, e, infelizmente, pode ser pego em qualquer idade e bem facilmente. É uma tristeza saber que podemos ser desrespeitados por pessoas que supostamente deveriam ser importantes em nossas vidas, como colegas, professores, “amigos” e até pais. Às vezes, nem sua própria casa é um bom refúgio. Esse vírus infecta nossas palavras, nossa alma, nossa mente. Aliás, quanto mais intolerâncias adquiram, com mais rapidez nossa cabeça se fecha, pois não há mais ideias próprias dentro dela. O que precisamos fazer com nossa mente é expandi-la e deixá-la livre de preconceitos.

Cor de pele, nacionalidade, religião, situação financeira, doenças… qualquer diferença, mesmo que pequena, parece ser motivo para desrespeito. Subestimar as pessoas por isso é um ato da típica pessoa intolerante da atualidade. A sociedade é uma criança, em geral quer uma exata cor de lápis, quer um exato presente, quer o que quer, e se não tiver, vai fazer escândalo. Na verdade, mais especificamente, a sociedade é como uma criança mimada e imatura. Além disso, birrenta e má. “Eu só ligo para a minha opinião. Não quero nem ouvir a dos outros. O resto é resto”. É isso que a sociedade pensa.

Todos temos ossos. Todos temos pensamentos. Todos temos sentimentos. Mas o fato é que nossos pensamentos estão sendo sugados e nossos sentimentos permanecem na raiva e na mesmice, enquanto deveríamos ter mais amor, para dar e receber. Por isso, algo preciso ser feito. Anjos e demônios existem na Terra e ambos incorporam todo o tipo de cor, crença, aparência e modo de ser possíveis. É preciso se defender e defender o outro. A sociedade é sinônimo de imaturidade e o silêncio é o sinônimo da falha. As pessoas ficam quietas por medo de se prejudicarem, porém, deveriam, ao menos, arriscar. A voz da defesa deve ser mais alta que a da intolerância. “Intolerar” só vale quando não toleramos a intolerância.
E como Eleanor Roosevelt dizia “grandes mentes discutem ideias e ideais; mentes médias discutem fatos, e mentes pequenas discutem pessoas”.